Em 1147, quando Santarém e Lisboa foram reconquistadas, foi fixada uma fronteira do território no rio Tejo, porque “até esse ano não tinham ainda os portugueses conseguido estabelecer-se na região banhada pelo Nabão e pelo Zêzere, a jusante da ribeira de Alge(?)1. Como os muçulmanos ainda se encontravam além Tejo, foi necessário restaurar os castelos de Ozêzar e Almourol. Em 1174, Gualdim Pais concedeu foral aos povoados de Paio de Pelle. (Praia do Ribatejo). Segundo vários autores e a própria tradição, julga-se que os referidos castelos e o da Cardiga e seus territórios, pertenciam á mesma comenda, pertença da Ordem do Templo, que mais tarde passou a Ordem de Cristo.
“o castelo de Ozêzar assim como está dividido pelos termos abaxo estos. Em primeiro logar pela foz do Bezelga e daí pela estrada que se chama Penela até Alfeigidoa e pelo cimo do monte de Alfeigidoa pela vertente das águas contra (= do lado de) Tancos e daí pelo meio do Tejo até à foz do Zêzere (Punhete/Constância) e daí até à foz do Tomar (Nabão/Foz do Rio) e daí pelo (rio) Tomar até à Foz do Bezelga (Ponte do Brejo-Negreira) onde primeiramente fizemos começo.
*Compilado pelo Ex.mo Capitão Técnico Explorador de Transmissões EP, Augusto dos santos Simões (J.E)
A Estrada Constância – Tomar
Este eixo viário que atravessa a aldeia é já referenciado nos documentos relativos ao assunto como fazendo parte da “Rota de Santiago” de Compostela, na Idade Média Portuguesa e que constituía lugar de comenda dos cavaleiros da Ordem do Templo em Tomar.